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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vinhos & Bebidas Afins (II)


Champanhes e espumantes para o fim de ano (1ª Parte)

Estourar um espumante ou um autêntico champanhe à meia noite do réveillon é uma tradição. O champanhe combina com tudo, qualquer tipo de festa, com sobremesa, coquetel e não é como o vinho tradicional que precisa combinar com cada prato servido.

O brinde da virada do ano pode ser à base de um puro vinho champanhe produzido na região homônima na França, Champagne, ou à base de um genérico espumante, dependendo do orçamento de cada um. “Todo vinho champanhe é um espumante, mas nem todo espumante é um champanhe”, diz Pedro Missioneiro, consultor e enólogo conceituado daqui de minha cidade, Manaus, em um artigo da jornalista Daisy Melo que foi recentemente publicado no jornal local Diário do Amazonas.

O autêntico champanhe, segundo ele, é feito com o uso das uvas chardonnay, pinot noir e pinot meunier, sendo estas últimas uvas tintas, que durante o processo de fabricação da bebida têm suas cascas retiradas para que a coloração clara do champanhe prevaleça no resultado final.

Além do uso imprescindível dos três tipos de uvas, o exclusivo processo de fabricação do champanhe, conhecido pelo nome de champenoise, utiliza ainda dois processos de fermentação. Essa prática é facilitada com o remuage, que é a rotação periódica das garrafas, segundo Missioneiro. Todo o processo dura aproximadamente 24 meses com exceção dos champanhes safrados. Identificados pelo termo ‘vintage’ e pelo ano de elaboração, os champanhes safrados são os mais preciosos porque esperam mais tempo até serem degustados (até quatro anos). E também podem ser identificados pelos termos cuvée ou cuvée de prestige, custando entre R$ 800,00 e R$ 1,2 mil a garrafa em mercado nacional.

Os vinhos especiais produzidos na região de Champagne e que não passam pelo processo de champenoise, são chamados de vin mousseux e os produzidos fora são chamados de crémant (na França), espumantes (no Brasil), cara (na Espanha), sekt (na Alemanha) e asti (na Itália).

A classificação dos champanhes, segundo o enólogo, é feita de acordo com a quantidade de açúcar em suas fórmulas, podendo ser dos seguintes tipos: doux (doces), demi-sec (meio-secos) e brut (secos). Categorias clássicas no mundo destas bebidas.

Na próxima quinta, dando prosseguimento a este post, saberemos mais a respeito da seleção dos melhores champanhes e também algumas sugestões para as suas festas de fim de ano. Portanto, acompanhe-me aqui no blog.

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