Como Água Para Chocolate
Trata-se de um belíssimo filme mexicano dirigido por Alfonso Arau, baseado na obra literária homônima da também mexicana Laura Esquivel. Assisti há muito tempo atrás e repetidas vezes, por conta de seu conteúdo lírico, romântico e bastante ligado à gastronomia.
O filme é a história de Tita (Lumi Cavazos), que nasceu na cozinha do rancho de sua família, quando sua mãe (Regina Torné) estava cortando cebolas.
Logo após o nascimento, seu pai morre de um ataque cardíaco fulminante, em plena briga com sua mãe, onde questiona à esposa a real paternidade de sua mais recém-nascida filha. Mas sem sucesso.
Com o acontecido (a viuvez precoce de sua mãe), Tita começa a ser criada por ela seguindo uma curiosa tradição local que diz que a filha mais nova jamais poderá se casar, mesmo que se apaixone, para poder cuidar de sua mãe até a hora de sua morte.
Porém, ao crescer, Tita se apaixona por Pedro Muzquiz (Marco Leonardi), que também deseja se casar com ela. Sua mãe, amargurada e com índole difícil, veta o matrimônio devido à tradição, e sugere que Pedro se case com Rosaura (Yareli Arizmendi), a irmã dois anos mais velha que Tita.
Pedro aceita, pois apenas assim poderá estar perto de Tita. E esta, como não pode expressar seu amor às claras por Pedro, começa um jogo diário de sedução que envolve preparar iguarias exóticas e afrodisíacas, com muito gosto ao cunhado, o grande amor de sua vida, pois ela é exímia cozinheira.
Como podem perceber, um prato cheio para os cinéfilos que amam gastronomia.
“para as codornas com molho de pétalas de rosa (as quais lhe haviam sido oferecidas por Pedro), Tita transfere toda a sensualidade, no despertar da recordação do grande amor de cada um que se delicia com este prato, que potencializa e exaltação deste sentimento, e faz desabrochar toda a libido. É neste momento que, Gertrudis (Claudette Maillé), contagiada pelo sentimento impregnado no molho, e exalando em toda a sua plenitude o odor das rosas, atrai para si o capitão revolucionário, e foge com ele, para profundo desgosto da mãe, e conquista da sua própria liberdade.” Do filme Como água para Chocolate do livro homônimo de Laura Esquiavel
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