Os habitantes dos países mediterrâneos como Espanha, Grécia, Itália, Malta, Macedônia, Turquia e Croácia possuem uma dieta bastante saudável, consumindo altas doses de azeite de oliva, frutas, legumes e peixes. Dentre esses alimentos o azeite de oliva é considerado o principal fator para a preservação do bem-estar dessa população. Dados de estudos científicos revelam que a dieta mediterrânea protege a população destes países de doenças coronarianas, do câncer (principalmente de intestino e de mama) e do envelhecimento e doenças relacionadas à senilidade. Muitas destas pessoas ultrapassam os 100 anos de idade gozando de plena saúde.
De acordo com o eHealth Latin America, um grupo de pesquisadores europeus do "German Cancer Research center, Im Neuenheimer Feld 280, D-69120 Heidelberg, Germany" e do "National Institute of Cancer Research, Genova, Italy", liderados pelo Dr. Robert W. Owen, conduziu um estudo, no qual foi analisada uma extensa bibliografia sobre o azeite de oliva, sua composição e seus efeitos benéficos para a saúde.
Segundo eles, a dieta mediterrânea protege a saúde reduzindo as taxas de mortalidade por câncer e por doenças coronarianas. Dados recentes mostram que na Europa, a mortalidade por câncer de intestino e de mama é muito maior nos paises onde o consumo de azeite de oliva é baixo (Escócia, Inglaterra e Dinamarca) e muito menor nos países onde o consumo do azeite é alto. Por essa razão, é importante estabelecer quais os componentes químicos do azeite que contribuem para o seu efeito protetor.
Sobre esta composição, há uma grande variedade de estudos que analisam os componentes do azeite de oliva. Os estudos mostraram que as principais substâncias químicas envolvidas na proteção à saúde são os fenóis, o esqualeno, a gordura monoinsaturada e o ácido oléico. E de acordo com os pesquisadores, o potencial antioxidante dos componentes fenólicos do azeite de oliva tem sido alvo de grande interesse, devido ao seu efeito protetor da saúde e à sua grande capacidade de auto-estabilização. Se fossem purificadas e isoladas do azeite de oliva, elas teriam um poder antioxidante muito maior do que os medicamentos antioxidantes já conhecidos, como os preparados de vitamina E, sendo uma ótima opção para a prevenção do envelhecimento.
O uso contínuo de azeite de oliva, especialmente do azeite extravirgem, pode fornecer uma carga suficiente de antioxidantes ao corpo que pode reduzir a oxidação através da inibição da peroxidação dos lipídeos, fator que está envolvido nas doenças coronarianas, no câncer e no envelhecimento. Por outro lado, todos os componentes do óleo de oliva, citados neste artigo, são lipossolúveis (solúveis em gordura), o que facilita a sua absorção e transporte pelo corpo. Dessa maneira, a proteção pode se dar na mama e em outros órgãos distantes. O restante dos componentes não absorvidos permanece na luz intestinal protegendo as células contra a oxidação e, conseqüentemente, o desenvolvimento de câncer..
Por fim, os autores acreditam que este estudo trouxe respostas a respeito do papel do azeite de oliva, e de seus componentes antioxidantes, na proteção da saúde contra o câncer, a doença coronariana e o envelhecimento. Mas ele representa apenas um primeiro passo na elucidação dos mecanismos dessas doenças e no desenvolvimento de estratégias para o seu tratamento e prevenção.
Fonte: eHealth Latin America para o site Boa Saúde/UOL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário