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sábado, 16 de outubro de 2010

Curiosidades Gastronômicas (II)


O dia mundial do Pão e as origens do alimento

O pão e a humanidade andam juntos há muito tempo e a maior prova disto é que hoje, 16 de outubro, comemoramos o dia internacional do pão, provando que o mesmo é uma iguaria que praticamente pode ser encontrada em todas as mesas fartas do mundo, nas mais diversas formas e receitas e o consagrando como um dos melhores alimentos inventados pela raça humana.

Existem indícios arqueológicos de que o pão foi o primeiro alimento a ser processado por mãos humanas a partir de uma matéria-prima natural. Praticamente todas as culturas antigas do Oriente Médio faziam referências ao pão em seus escritos e muitos povos o veneravam como alimento sagrado, presente dos deuses. A Bíblia cita o pão tanto no antigo como no Novo Testamento, e para os cristãos, até hoje, ele simboliza o corpo de Cristo.

No início da civilização agro-pastoril, a moagem e o processamento do trigo e de outros grãos resultavam numa espécie de mingau. Depois, acidentalmente, descobriu-se que da combinação da massa com resíduos orgânicos depositados nas pedras quentes, onde o produto era assado, surgia um pão mais consistente, volumoso e saboroso. Havia sido descoberto o pão.

É de tradição católica também a data que homenageia os padeiros. Instituído em 1955 pelo II Congresso Nacional de Panificação, o dia de Santa Isabel, comemorado em 08 de julho, é também o dia do Padeiro. Santa Isabel era Rainha de Portugal e distribuía pão (palavra originária do latim "panis"), aos pobres, escondida do rei. Um dia, flagrada, disse: "são rosas, senhor" sobre os pães que acondicionava no saiote. Intimada a provar, soltou o saiote e dele caíram pétalas.

Segundo o antropólogo Gilberto Freyre (1900-1987), o Brasil só conheceu o pão no século XIX. Antes do pão consumia-se o beiju de tapioca, a farofa, o pirão escaldado ou a massa de farinha de mandioca feita no caldo de peixe ou de carne. A atividade de panificação no Brasil se expandiu com os imigrantes italianos e portugueses. Foi com eles que nos grandes centros, principalmente em São Paulo, se instalaram e proliferaram as padarias, comuns hoje em todo país.

Curiosidades sobre o pão

Em 1.600 AC egípcios e mesopotâmicos já utilizavam processos químicos de destilação, fermentação e redução. A cerveja, originalmente, era feita por padeiros devido à natureza da matéria-prima utilizada: grãos de cereais e leveduras.

No Egito, o pão também servia para pagar salários: um dia de trabalho valia três pães e dois cântaros de cerveja.  

Na Europa, passou a ser um costume as mães darem às filhas que se casavam um pouco de sua massa de pão, por achar que, assim, elas fariam um pão tão gostoso quanto o delas.

Ao longo da história, a posição social de uma pessoa podia ser discernida pela cor do pão que ela consumia. Pão escuro representava baixa posição social, enquanto pão branco, alta posição social. É porque o processo de refino da farinha branca era muito mais caro. Atualmente, ocorre o contrário: os pães escuros são mais caros e, por vezes, mais apreciados por causa de seu valor nutritivo.

Na Revolução Francesa, em julho de 1789, a população se envolve ativamente nas mudanças preconizadas pela Assembléia Constituinte. Revoltas populares em Paris e no interior, causadas inicialmente pelo aumento do preço do pão, culminam no dia 14 com a tomada da Bastilha, prisão que simboliza a tirania absolutista. O governador da prisão e os guardas são massacrados pelo povo e todos os prisioneiros são libertados. Formam-se a Guarda Nacional, com milícia de cidadãos, e as comunas como novas divisões administrativas. Grande parte da nobreza emigra. Em 04 de agosto de 1789 a Constituinte abole o sistema feudal. 

Às vésperas da Revolução, Maria Antonieta, rainha da França, foi informada de que o povo passava fome: “Eles não têm pão, Alteza”. Ao que ela respondeu: “Se não tem pão, que comam brioches”. Não se sabe se o diálogo realmente aconteceu, mas a frase, de fato, ficou famosa. Já a rainha teve a cabeça cortada na guilhotina.

Para os cristãos, como já sabemos, o pão simboliza o corpo de Cristo. Na oração do “Pai-nosso” é pedido a Deus “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”. 

Para os judeus, o fermento simboliza a corrupção. Por isso, eles só ofereciam a Deus pães ázimos, sem fermento. Até hoje, esse é o pão que eles comem na Páscoa, época em que é proibido consumir qualquer alimento fermentado. 
O pão mais comprido do mundo foi feito no México medindo 9,2 km de comprimento.

O pão é feito de trigo na França, Inglaterra, Espanha e Itália. Na Alemanha é feito com centeio. Na Noruega é feito com cevada e na Escócia é feito com aveia.

Supermercados e padarias em diversos países oferecem uma grande variedade de pães. Alguns dos tipos mais populares incluem o baguete crocante da França, o pita, pão de origem árabe que é chato e pode ser aberto, formando um envelope que pode ser recheado, a tortilha do México, que pode ser recheada com uma mistura de carne, vegetais e feijão; o pão de milho americano, o escuro pumpernickel da Rússia, pesado como uma tábua; o panetone doce da Itália e as broas de mandioca do Brasil, sem falar do pão de queijo, tradição de Minas Gerais.

Portugal fez o maior pão com lingüiça do mundo. Uma equipe de seis padeiros de Viseu, em Portugal, entrou no livro dos recordes ao fazer um pão com lingüiça de 975,4 metros de comprimento e cerca de oito toneladas de peso.

O Paraná entrou no livro dos recordes em 2008 com o mérito de ter preparado o "Maior pão do mundo". O super pão produzido, media 446,71m, pesando 860,64 Kg, feito em zig-zag. Foram usados os seguintes ingredientes: 400 kg de trigo, 90 l de água, 15 kg de fermento, 6 kg de sal, 36 kg de açúcar, 15 kg de margarina, 15 kg de leite em pó, 720 ovos. Para assá-lo, foi usada uma forma gigante de 2,70m de largura X 19 metros de comprimento, em um forno especialmente adaptado para receber o alimento.

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